A Prefeitura de Guarulhos está quebrada. Não existe exagero algum em fazer tal afirmação. O próprio prefeito Sebastião Almeida (PT) vem declarando que a situação da administração vai de mal a pior, tanto que as últimas ações do chefe do Executivo sinalizam que dias piores virão. Nem mesmo a reposição da inflação acumulada nos últimos 12 meses deve ser repassada aos servidores públicos municipais, que têm data-base em 1º de maio e ameaçam entrar em greve. O motivo? Não tem dinheiro.
Não é difícil identificar os motivos que levaram a essa quebra. Apesar de ter um Orçamento para todo o ano de 2015 na casa dos R$ 4,3 bilhões, até agora – com pouco mais de um terço do exercício fiscal concluído – só entrou para os cofres da Prefeitura R$ 1,2 bilhão, algo próximo a R$ 300 milhões por mês. Nessa tocada, é de se prever que as perdas de receita representem perto de 15%, o que inviabiliza qualquer administração.
Para piorar a situação, Almeida terminou 2014 devendo aproximadamente R$ 732 milhões a credores. E essas dívidas já são cobradas, deixando a população sem acesso a alguns serviços. No último final de semana, conforme o GuarulhosWeb publicou no sábado, a empresa responsável pela locação de viaturas da Guarda Civil Municipal, sem receber, começou a recolher os veículos. Resultado: 50% da frota da Secretaria Municipal de Assuntos de Segurança deixou as ruas, o que significa menos policiamento nas ruas.
