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CAPA – Dinheiro some e mercado imobiliário sente o golpe

Até bem pouco tempo atrás, Guarulhos – assim como as maiores cidades brasileiras – viveu o chamado “Boom Imobiliário”, fenômeno referente ao grande número de lançamentos de imóveis novos, principalmente edifícios de médio e alto padrão. Mas a crise econômica que afeta o país e se intensificou nos primeiros meses deste ano atingiu em cheio o mercado imobiliário. 
 
Veio então o “Cabruuuum Imobiliário”, que nada mais é do que a dificuldade que os empreendedores que investiram na construção de imóveis novos estão encontrando para vender esses preciosos bens. O crédito ficou restrito, programas como o Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal, minguaram e os consumidores estão assustados com a falta de dinheiro disponível no mercado. Junte-se a isso a saturação dos empreendimentos verticalizados, com a concentração de um grande contingente de famílias vivendo em pequenos espaços, sem a devida atenção do poder público para ampliar o sistema viário. 
 
Somente em Guarulhos, há hoje mais de 10 mil unidades habitacionais à venda nos mais diferente bairros, segundo levantamento realizado pelo GuarulhosWeb junto às incorporadoras. Há dezenas de empreendimentos na região central, mas também a oferta é grande em regiões mais afastadas, como Bonsucesso e Pimentas, locais que vinham ganhando investimentos voltados à chamada “ascensão da Classe C”. 
 
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SDU) informou que entre janeiro de 2012 e dezembro de 2014 foram expedidos 144 alvarás de construção para empreendimentos residenciais verticais (condomínios de apartamentos), o que significa aproximadamente 20.200 unidades habitacionais. A maior parte das construções foram autorizadas para os bairros Vila Galvão, Vila Augusta, Picanço, Pimentas e região.