O Verde, fundo de investimentos do badalado gestor brasileiro Luis Stuhlberger, causou uma corrida de investidores nesta quarta, 10. Reaberto para clientes do Itaú Unibanco, só precisou de 1 minuto e 41 segundos para atingir o máximo de recursos a ser captado. Quem deu bobeira nos grandes bancos, teve de recorrer a instituições menores para garantir a chance de participar do fundo.
Na opinião de fontes ouvidas pelo <b>Estadão/Broadcast</b>, o sucesso do Verde está relacionado principalmente à fama de Stuhlberger, conhecido pelos resultados que entrega. No ano passado, o fundo teve retorno de 3,94%, superando a variação do CDI (2,77%) no período. Desde que foi lançado, porém, o fundo Verde já entregou 18.601% de retorno, ante 2.224% do CDI.
Também conta a favor a popularização do mercado financeiro no Brasil, que viu o número de pessoas físicas que investem na Bolsa superar a marca de 3 milhões. "Estou chocado com a comoção que o Verde está causando nos clientes. É impressionante", disse um gestor brasileiro, na condição de anonimato.
A reabertura do fundo no Itaú e em outras casas foi, na verdade, uma espécie de "pré-venda", assim como acontecem em shows musicais e jogos de futebol. Os investidores apenas fizeram uma reserva para ter direito a aplicar. No Itaú, os recursos serão captados de fato só no dia 22. O banco, o maior da América Latina, não foi o único a reabrir o Verde a seus clientes. O mesmo ocorreu nas plataformas da XP e do BTG Pactual, que também esgotaram sua cota de reservas.
Outras casas ainda vão abrir para captação. Na corretora Ágora, do Bradesco, a primeira janela de reservas está agendada para os dias 22 e 26 de fevereiro. Já na gestora Vitreo, a expectativa é a de que a janela se feche amanhã. "O sucesso foi absoluto. A gente é muito menor (do que as grandes casas) e vem numa captação super forte. O que temos de Verde termina amanhã", diz o CEO e fundador da Vitreo, Patrick OGrady.
Apesar da alta demanda, aplicar no Verde não é para qualquer investidor. No Itaú, embora o fundo tenha sido colocado à disposição de todos, havia um limite mínimo de R$ 50 mil para os investidores que estavam aplicando no Verde pela primeira vez e de R$ 10 mil para os que já aplicavam no fundo.
Os valores colocados como barreira, aparentemente, não foram um problema. A média de recursos aplicados por cada investidor, no Itaú, foi de R$ 130 mil. O banco não revela quantos investidores conseguiram fazer a aplicação, mas afirma que foram "milhares" e que muitos deles eram novatos. Também não abre qual era o máximo a ser atingido até o fundo se fechar novamente.
Segundo gestores de mercado, o objetivo do fundo de Stuhlberger seria captar alguns bilhões de reais nesta nova rodada.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>