Fábio Carille não escondeu sua satisfação com o desempenho do Santos diante do Corinthians na Neo Química Arena. Definiu a virada por 2 a 1 como "grandiosa", afinal de contas desde outubro de 2020, diante do Defensa Y Justicia, que o time não revertia um resultado. Apesar do triunfo e da evolução, o técnico ressaltou que ainda falta muito para a equipe ser a planejada por ele.
"Com as peças que temos e com os jogadores que voltaram bem, recuperados da covid-19, foi uma vitória grandiosa que dá tranquilidade. Mas a gente sabe que precisa de muito mais", afirmou, sem escondeu seu estado de espírito. "Muito feliz com esse resultado para a sequência do trabalho."
Mesmo com modificações na equipe, Carille viu o Santos se impor para buscar o resultado e festejou a postura de algumas peças, como Madson, Marcos Guilherme, Marcos Leonardo e Lucas Pires, fora de casa.
"Tenho trabalhado bastante para inserir Madson, um atleta com todas valências físicas, de força, imposição, altura… Ele se comportou muito bem, acima do esperado. Há tempos não jogava em uma linha de quatro e deu conta", afirmou. "Felipe Jonathan eu sabia da dificuldade da parte física, treinou apenas quatro dias após a covid e estava sofrendo para marcar. O Corinthians estava com facilidade por ali e optamos pelo Lucas Pires. (Lucas) Braga é mais de corredor, enquanto Marquinhos (Marcos Guilherme) flutua mais, vai por dentro receber a bola. Queria que o time ganhasse mais o meio e estou feliz pela atuação de todos."
Depois de passar 10 anos no Corinthians, Carille garantiu que a vitória não teve peso maior e mostrou respeito ao ex-clube. "Sempre vou falar que sou muito grato, foram 10 anos no Corinthians, clube que me deu oportunidade e as coisas aconteceram. Mas hoje estou muito feliz pela vitória do Santos, se foi contra Corinthians, Palmeiras ou Flamengo, não importa. Estou feliz pelo Santos."
Carille reclamou muito após a derrota para o Botafogo pelo tempo menor de recuperação e o horário de 11 horas em um sábado. Sentiu-se prejudicado na rodada passada e com certa vantagem agora, por ter um dia a mais de preparação que o Corinthians.
"Não é desculpa, algo quando acontece temos de saber o motivo. Estávamos com vários jogadores sem pré-temporada inteira, jogamos quarta em Limeira, com Pirani expulso e o Botafogo atuou na terça, vindo de um mês a mais de trabalho. Depois veio jogo sábado 11 horas e isso não me agradou. Pagamos (pelo desgaste) no sábado, a gente tentava as coisas, mas corpo não estava obedecendo", iniciou a análise. "Sabia das dificuldades do clássico, eu do quarto do CT acompanhando domingo (jogo do Corinthians) e na segunda-feira buscando soluções. A resposta foi diferente por ter um dia a mais, 24, 28 horas fazem diferença a favor e hoje o Santos levou um pouquinho de vantagem."