A segunda-feira, 24, foi da diversidade. O carnaval de rua de São Paulo veio em ritmo de festa sertaneja e de Parada Gay adiantada, com direito a hits de protesto. No Ibirapuera, para um público mais família que chegou a caminhar da região da Paulista até a Pedro Álvares Cabral, o destaque foi o Pinga Ni Mim, depois do Vou de Táxi.
De "alternativo", quando começou em 2017, o grupo já se tornou um carro-chefe, misturando clássicos dos sertanejos Leandro e Leonardo a músicas recentes de Maiara e Maraísa.
O desfile em sequência do Love Fest e do Bloco das Gloriosas, da cantora e drag queen Gloria Groove, criou quase uma Parada do Orgulho LGBT fora de época na Avenida Tiradentes.
Antigo palco carnavalesco paulistano, que já abrigou as escolas de samba, a avenida só foi fechada na segunda para os blocos – o que volta a ocorrer nesta terça e no sábado.
"Faz muito sentido (comparar com a Parada). Também é uma forma de trazer visibilidade", afirma o enfermeiro Francisco Azevedo. "E é uma forma de se diferenciar um pouco", conta a administradora Rebeca Rodrigues, de 30 anos, que usava uma bandana com as cores do arco-íris.
Das declarações e músicas dos trios elétricos às fantasias dos foliões, marcaram presença discursos contra a intolerância e o preconceito e símbolos do movimento LGBT, especialmente o arco-íris.
Gloria começou a apresentação no chão, ao apresentar seu hit mais recente Sedanapo, junto de bailarinos, vestida como a personagem Mary Jane. Ela se aproximou da plateia, que gritava e fazia declarações.
Os blocos voltados especialmente (mas não exclusivamente) ao público LGBT reúnem alguns dos maiores públicos do carnaval, incluindo Minhoqueens, Agrada Gregos, Bloco da Pabllo e Siga Bem Caminhoneira, dentre outros.
Com milhares de foliões, houve empurra-empurra na Tiradentes e havia dificuldade para as pessoas conseguirem se mover pela via, apesar da grande concentração de cordeiros (seguranças que empurram as cordas, que protegem o trio). As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>