O Antonov AN 225, maior avião do mundo, aterrissou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, às 23h36, desta segunda-feira, finco de Campinas. O próximo destino é Santiago do Chile, para onde o avião está transportando um gerador de 150 toneladas de uma empresa de automação empresarial, de Guarulhos.
A decolagem estava marcada para às 8h desta terça-feira, porém a operação do carregamento do transformador gigante, construído pela ABB, atrasou. A previsão de saída agora é às 19h30.
O avião foi fabricado e pertence à Antonov Airlines, companhia aérea ucraniana de transporte de cargas. Geralmente transporta foguetes, cargas militares, refeições para um exército inteiro e geradores, que são levados para aviões por todo o mundo.
A empresa começou a operar em 1988, para fabricar e comercializar aviões gigantes de carga para a União Soviética. Subsidiária da Antonov StC, companhia estatal, em 2015, foi transferida do Ministério de Desenvolvimento Econômico e Comércio para a Ukroboronprom, Indústria de Defesa da Ucrânia, também estatal.
O avião Antonov 225, com 84 metros de comprimento, 18,1 de altura e 88,4 de envergadura, é único no mundo. Ele levou quatro anos para ser construído, de 1984 a 1988, para transportar o ônibus espacial soviético Buran.
Tem capacidade para carregar até 250 toneladas, muito mais que os concorrentes Boeing 747-800, que aguenta 140 toneladas e o Airbus 330, que leva até 65 toneladas.
Um segundo avião do tipo começou a ser construído. No entanto, com o colapso da União Soviética, em 1991 e o fim do programa do ônibus espacial, a fabricação foi cancelada.
A aeronave parou de voar em 1994, mas voltou a ser usada, depois de ser inteiramente reformada, em uma nova parceria. Em 2006, a Antonov se uniu à russa Volga-Dnepr Airlines em uma joint venture. Hoje, as duas empresas operam a frota de An-124 e o An 125.
Contratar os serviços do Mriya começam em cerca de US$ 300 mil, segundo o site Airway. Além de grandes cargas comerciais, o An-225 também já foi direcionado para para operações humanitárias como, por exemplo, o terremoto no Haiti, em 2010, e o tsunami que atingiu o Japão, em 2011.