A ativista transgênero Rose Montoya deixou de ser bem-vinda nos eventos da Casa Branca depois de postar nas redes sociais um vídeo dela e de outras duas pessoas fazendo topless durante o evento oficial de celebração do Mês do Orgulho LGBT+ no sábado, 10, em Washington, promovido pelo governo de Joe Biden.
"O comportamento foi simplesmente inaceitável", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, nesta terça-feira, 13. "Foi injusto com as centenas de participantes que estavam lá para celebrar suas famílias."
Falando em entrevista coletiva na Casa Branca, a oficial do governo norte-americano disse: "Os indivíduos no vídeo certamente não serão convidados para eventos futuros". A porta-voz ainda afirmou que a exibição de peito nu "não foi uma coisa normal que aconteceu sob este governo".
Rose Montoya postou um vídeo de 58 segundos que incluiu uma cena em que ela é vista fazendo topless, com as mãos sobre o peito, ao lado de dois homens trans sem camisa. O vídeo ainda mostra o presidente dos EUA, Joe Biden, discursando no palanque e também interagindo com a ativista.
Biden sediou o evento para mostrar o apoio do governo à comunidade LGBT+. Recentemente, houve pressão de alguns líderes republicanos em nível estadual para restringir shows de drag e limitar as opções para jovens que buscam fazer a transição de gênero. Biden disse no sábado que tinha uma mensagem para toda a comunidade, mas especialmente para as crianças transgênero: "Você é amado. Você é ouvido. Você é entendido. E você pertence".
Rose defendeu sua postagem no Instagram e no Twitter, dizendo que "fazer topless em Washington é legal" e que "apoia totalmente o movimento para liberar os mamilos (movimento popularmente conhecido como "Free the Nipple")". Ela disse que os críticos de seu topless afirmam que ela é, de fato, uma mulher, já que um homem não enfrentaria uma reação semelhante.