Estadão

Casa Branca: não esperávamos tanta oposição às vacinas

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta sexta-feira, 10, que a administração não esperava tanta oposição às vacinas quando estivessem aprovadas e amplamente disponíveis nos Estados Unidos. Em coletiva de imprensa, a representante defendeu os requerimentos de imunização anunciados ontem pelo presidente Joe Biden e disse que a obrigatoriedade foi efetiva em empresas que a aplicaram anteriormente.

Questionada sobre a possibilidade da obrigatoriedade da vacinação afetar ainda mais o mercado de trabalho do país, que já enfrenta uma escassez de mão de obra, a representante não respondeu diretamente, mas reforçou a intenção de salvar vidas e lembrou o apoio que o plano oferecerá a pequenas empresas.

"Com os requerimentos, Biden expressou a frustração de milhões de vacinados", afirmou Psaki, indicando que isso não deveria ser uma questão política nos EUA, uma vez que ainda há 80 milhões de não vacinados, e a intenção é "salvar quantas vidas for humanamente possível". Sobre possíveis alternativas à imunização, a porta-voz indicou a possibilidade da realização de testes semanais que foi aberta às empresas. Questionada sobre se os movimentos recentes poderem representar uma obrigatoriedade geral de vacinação no país, a Psaki afirmou que não é o caso, e que o governo não tem autoridade para tal.

Sobre um possível aumento da divisão bipartidária no país por conta da obrigatoriedade dificultar a tramitação de acordos, em especial os planos de infraestrutura no Congresso, Psaki respondeu que isso não é um grande problema, uma vez que os investimentos contam com grande apoio popular. Ainda sobre o legislativo, a porta-voz afirmou que a Casa Branca espera que congressistas de ambos os partidos aumentem o teto da dívida, o que já foi feito outras vezes.

Em relação à ligação telefônica de Biden com o líder da China, Xi Jinping, na última noite, Psaki disse que a conversa durou 90 minutos e serviu para "manter o canal de comunicação aberto". Segundo a porta-voz, foi um diálogo "respeitoso, sem ser condescendente". "Tópicos econômicos não foram prioridade, e nem questões definitivas foram atingidas", descreveu.

Questionada sobre as investigações da origem da covid-19, ela sugeriu que isso segue como prioridade para o governo e que foram isso foi tratado no telefonema, mas não ofereceu mais detalhes.

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