Estadão

Casa Branca observa opções para reduzir consumo de energia que vem da Rússia

A conselheira econômica da Casa Branca Cecilia Rouse afirmou nesta sexta-feira que a administração está observando opções para reduzir consumo de energia que vem da Rússia. Em coletiva de imprensa, a economista apontou que a intenção é não causar disrupção no mercado de petróleo, o que aumentaria os preços da gasolina. Segundo ela, tensões entre Rússia e Ucrânia adicionam incertezas para a economia, mas o panorama segue forte, e a criação de empregos mostrou resiliência.

Na mesma ocasião, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o governo está em discussão com membros do Congresso sobre as ações que podem ser tomadas quanto a energia russa. Segundo ela, o que a administração vem fazendo é buscar contato com outros fornecedores globais de petróleo para buscar melhores condições.

Para a porta-voz,é necessário reduzir a dependência do petróleo, algo que europeus também vem buscando. Questionada sobre uma eventual mudança na regras para a exploração de hidrocarbonetos para tentar aumentar a produção interna, a representante disse que não é uma opção.

Sobre um possível acordo com o Irã, e o potencial aumento da oferta de petróleo no mercado, Psaki disse que apesar de próximo, não há nenhum acerto ainda, e que a maior prioridade dos Estados Unidos nas negociações é evitar que o país persa tenha armamentos nucleares.

Sobre a guerra da Ucrânia, Psaki disse que o ataque contra usina nuclear foi irresponsabilidade. Segundo ela, ainda estamos vendo ataques catastróficos russos contra civis.

Para a representante, as ambições do presidente Vladimir Putin "nunca mudaram", e a intenção é a tomada de Kiev. De acordo com a porta-voz, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no momento não tem intenção de se engajar diretamente com Putin, mas o russo tem a possibilidade de desescalar as tensões, e um cessar fogo seria bem vindo.

Sobre as ações norte-americanas, Psaki defendeu que estão surtindo efeito, e citou o mercado de ações de Moscou fechado pelo maior período da história. Além disso, falou sobre uma avaliação do JP Morgan, que aponta um colapso no PIB russo.

Questionada sobre uma eventual ação para mudança de regime, disse que isso, e nem um assassinato de Putin estão nos planos. A representante também reforçou que colocar americanos para lutar no solo ucraniano nunca foi uma opção.

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