Porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki afirmou nesta terça-feira que a reunião na noite de segunda-feira entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e legisladores republicanos foi "construtiva". O encontro buscava negociar um novo pacote fiscal, ainda com diferenças importantes entre o US$ 1,9 trilhão almejado por Biden e os pouco mais de US$ 600 bilhões defendidos por um grupo de senadores republicanos.
Durante entrevista coletiva, Psaki ressaltou que as negociações no Congresso sobre o tema "estão apenas começando". Sobre a possibilidade de o Partido Democrata recorrer à estratégia de "reconciliação", a fim de acelerar e garantir o trâmite do pacote, ela disse que isso pode ser buscado, mas não fechará as portas para um possível acordo com os republicanos no assunto.
"Nossa meta com o pacote é acelerar a retomada para o quadro econômico pré-covid", comentou ela, citando que, no ritmo atual, a volta da economia dos EUA ao quadro anterior à pandemia demoraria demais, o que o governo quer acelerar. "O presidente reitera a urgência de se avançar nisso", comentou. Segundo ela, o relatório mensal de empregos (payroll) previsto para esta sexta-feira não mudará a posição do governo sobre a necessidade de mais estímulo fiscal, já que mesmo que os números sejam positivos isso não alterará o quadro de uma recuperação total da economia ainda muito distante.
Psaki também foi questionada sobre restrições a viagens internacionais impostas nos EUA, diante da pandemia da covid-19. Sobre prazos para um recuo nas restrições, ela disse apenas que elas prosseguirão enquanto as autoridades de saúde considerarem que são necessárias.
A porta-voz também comentou a prisão do dissidente russo Alexei Navalny. Ela disse que o governo americano espera a libertação dele por Moscou e que Washington conduz uma revisão de suas ações em relação ao país. "A Rússia precisa respeitar a liberdade de expressão", exortou, cobrando a libertação do oposicionista.
Psaki também informou que Biden assinará nesta terça decretos para "reparar" o sistema de imigração do país, com medidas como a criação de uma força-tarefa para reunir novamente pais e filhos separados pelo governo anterior, de Donald Trump.