Um dos jogadores mais experientes na seleção brasileira e com vasto currículo internacional, o volante Casemiro concedeu uma entrevista nesta quarta-feira, em Cuiabá, na véspera do encontro com a Venezuela, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, dando destaque ao material humano que Fernando Diniz tem nas mãos para classificar o Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas.
"Jogadores experientes e os mais jovens são sempre importantes. Mas como temos um legado deixado pelo Tite, acho que o Fernando Diniz vai ter boas chances de testar mais jogadores. Temos Vini Jr., Rodrigo, Militão, André, Bruno Guimarães que já são uma realidade. Então acho que o Diniz tem todas as condições de fazer um bom trabalho", afirmou o volante.
Mas se a matéria-prima é farta, o tempo de trabalho acaba sendo o grande entrave nessas convocações para os jogos da competição. Casemiro falou um pouco desse processo e de como Fernando Diniz trabalha nesta realidade.
"Treinamos ontem, hoje e já temos o jogo (contra a Venezuela). Nas preleções, o Diniz fala que estica a palestra para passar mais um pouco da ideia de como atuar. Sempre importante essa comunicação e esses vídeos são fundamentais para fazer o que o técnico pede o mais rápido possível."
Líder das Eliminatórias com seis pontos em dois jogos, Casemiro assumiu o favoritismo para o confronto desta quinta. No entanto, ele falou de como a parte mental vem sendo trabalhada para que a seleção brasileira não seja surpreendida.
"O Brasil é sempre favorito para se classificar nas Eliminatórias, mas isso não determina que vamos classificar. Precisamos respeitar os rivais e sabemos que vamos ter um jogo truncado. Entendemos que a Venezuela tem suas qualidades. Queremos fazer sempre o melhor e, por aqui, o pensamento é no jogo a jogo", afirmou.
Esses dias treinamentos serviram ainda para consolidar o volante do Manchester United como uma liderança técnica dentro de campo. E ele confessou que essa condição, em relação ao treinador, o deixa muito feliz.
"O Diniz quer a bola sempre no meu pé para comandar o jogo e ditar o ritmo da equipe. Determinar quando iremos para frente e quando é necessário voltar. No futebol existem princípios e eles são os mesmos. Tem a adaptação ao treinador, mas uma das coisas que eu gostei neste trabalho é de que a bola passe sempre por mim em campo", comentou o volante.
Após o confronto diante dos venezuelanos, a seleção brasileira terá um clássico sul-americano pela quarta rodada das Eliminatórias. O Brasil viaja para Montevidéu para enfrentar o Uruguai, na próxima terça-feira, no estádio Centenário.