Terça-feira, 22 de março. Passava um pouco das 11h30, quando o advogado criminalista e suplente de vereador Leandro Balcone começou a atender um homem, que teria se apresentado como um possível cliente. Na sala da frente do escritório, localizado na rua Marajó, no Vila São Jorge, região central de Guarulhos, o homem atirou 13 vezes acertando 12 tiros em Balcone, que caiu próximo a sua mesa já sem vida. A arma utilizada foi uma pistola automática ponto 380, que nunca foi localizada.
O autor dos disparos, um homem aparentando ter 55 anos, foi visto saindo do escritório calmamente e se dirigindo a uma rua próxima. No caminho, foi flagrado por câmeras de segurança de outros imóveis. Apesar das imagens amplamente divulgadas pela mídia e redes sociais, um mês depois o Setor de Homicídios da Polícia Civil informa que não tem pistas do acusado.
O assassinato, que ganhou destaque na grande mídia, foi considerado pelo secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, uma execução sem motivação política.
A hipótese chegou a ser levada em consideração devido à postura de Balcone, um líder da oposição aos governos do PT, tanto em nível federal como na própria cidade. Era o principal nome do Movimento Guarulhos Livre, que foi para às ruas dezenas de vezes pedir o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT).
Cinco dias antes de ser morto, Balcone liderou um grupo que protestou contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. O ato partiu da frente da Igreja Matriz, no Centro de Guarulhos, e seguiu até a rodovia Presidente Dutra, onde os manifestantes bloquearam a pista local por aproximadamente 10 minutos.
O Setor de Homicídios de Guarulhos (SHG) recolheu pertences de Balcone como aparelho celular, notebook e lista de clientes para auxiliar nas investigações. Segundo o GuarulhosWeb apurou, apesar do recebimento de algumas denúncias, ainda não foi possível chegar até a identidade do suspeito. As investigações estão focadas na vida pessoal e profissional de Leandro.