De acordo com uma pesquisa realizada com idosos que procuraram o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas, entre 1996 e 2009, em Ribeirão Preto, 86% são aposentados e usam respectivamente o crack, a cocaína e a maconha. Em Guarulhos, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) atendem, em média, 500 pacientes – com esses tipos de dependência química – por mês, sem contar os familiares que recebem apoio psicológico e orientação terapêutica.
Os acompanhamentos são feitos com psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e médicos. Nos Caps o tratamento pode ser intensivo, semi-intensivo ou ambulatorial, sendo que a frequência dependerá do grau de dependência. Já os casos de crise são atendidos em hospitais e policlínicas. O estudo da cidade do interior do Estado é um dos poucos levantamentos em relação à terceira idade que existem no país, já que se convenciona que esse problema se relaciona aos jovens com idade entre 17 e 35 anos.
Contudo, o álcool ainda é a principal droga utilizada entre as pessoas na terceira idade. Segundo estudo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, 9,1% das pessoas com 60 anos ou mais é dependente do álcool – o valor corresponde a 88 mil idosos.
Casos com álcool têm maior reincidência
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a principal substância utilizada por esse público é o álcool. Além disso, a maior parte dos atendidos tem entra 35 e 55 anos e não possui um histórico de dependência, uma vez em que iniciaram o vício quando era mais jovem, persistindo até o hoje o consumo.
Essa dependência na terceira idade amplia em até oito vezes o desenvolvimento de doenças cognitivas, como demência e Alzheimer. Além disso, pode trazer outras consequências como o aparecimento de doenças cardíacas, gastrointestinais e hepáticas; e também de alguns tipos de câncer, quedas e aumento de pressão arterial.
