Horas depois de a Federação Internacional de Basquete (Fiba) condicionar o convite às seleções brasileiras de basquete para os Jogos Olímpicas ao pagamento da dívida que a Confederação Brasileira (CBB) tem com a entidade, a CBB se pronunciou. Em nota, disse que já propôs o pagamento do que deve.
“A CBB atendeu a todas as solicitações de informações feitas pela Fiba, o que incluiu uma proposta de equacionamento dos débitos pendentes. A proposta apresentada pela CBB, para a qual aguardamos uma resposta formal, respeitou a sua capacidade financeira e conta com garantias reais para o pagamento”, garante a CBB.
A confederação diz que está “confiante na histórica posição da Fiba em relação à qualificação automática do país-sede para participar de Jogos Olímpicos e na força do basquetebol brasileiro” e que manterá o planejamento com foco na preparação de suas equipes para os Jogos do Rio.
ENTENDA – A história é antiga e já vinha sendo especulada nos últimos meses. A relutância da Fiba em garantir as vagas na chave masculina e feminina do basquete no Rio-2016 já havia levantado a suspeita de que o problema seria uma dívida da CBB com a entidade. A confirmação veio nesta segunda, após uma reunião do Comitê Executivo da federação internacional.
A dívida seria de cerca de US$ 2 milhões (RS 6,15 milhões) e referente ao convite dado ao País para a participação no Mundial masculino do ano passado, na Espanha. Na ocasião, o Brasil falhou na tentativa de garantir a classificação na quadra, com uma campanha vexatória na Copa América de 2013, e só pôde disputar o torneio depois de ser convidado pela Fiba.
Só que para garantir essas duas vagas no Rio, a CBB terá que se apressar, já que a Fiba estipulou um prazo para que a dívida seja paga: 31 de julho. Se isso não acontecer, as seleções terão que disputar a classificação nos torneios Pré-Olímpicos das Américas. A edição masculina acontece de 31 de agosto a 12 de setembro no México, enquanto a feminina será no Canadá, entre 9 e 16 de agosto.
Há ainda a possibilidade de o Brasil recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS). A última vez que uma seleção da casa não foi convidada para os Jogos Olímpicos foi em 2004, com o time masculino de hóquei sobre a grama da Grécia. A corte suíça determinou que os gregos deveriam enfrentar o pior time do Pré-Olímpico, em playoff que só valeria classificação para a Grécia – a outra equipe não ira à Olimpíada de qualquer forma. Mesmo assim, os gregos não se classificaram.