A CBF anunciou nesta quinta-feira, 17, a saída de Walter Feldman do cargo de secretário-geral. Eduardo Zebini, diretor de mídia da entidade, acumulará temporariamente as duas funções. Feldman foi demitido pelo coronel Antônio Carlos Nunes, presidente interino da entidade, que está mergulhada em uma crise institucional.
A informação foi divulgada por meio de nota oficial publicada no site da confederação. Na publicação, a CBF agradeceu Feldman pelos "relevantes serviços prestados ao longo dos últimos seis anos".
Feldman, de 67 anos, assumiu o segundo cargo mais alto da CBF em 2015, nomeado pelo então presidente Marco Polo del Nero, banido do futebol por corrupção. Nas últimas semanas, a possibilidade de sua demissão por Rogério Caboclo, por uma portaria retroativa, cresceu. O ato não se concretizou após o afastamento do mandatário por acusações de assédio sexual e moral por uma funcionária.
Com a presidência interina da entidade nas mãos do coronel Antônio Carlos Nunes, com quem Feldman tinha boa relação, o secretário-geral ganhou fôlego no cargo. Entretanto, com o enfraquecimento da entidade e a insatisfação das federações estaduais com a atual gestão da CBF culminaram com a saída do profissional.
Antes de se aventurar no futebol, Feldman, que é médico, teve carreira política. Filiado ao PSDB, ele foi duas vezes deputado estadual e três vezes deputado federal. Depois, foi coordenador da campanha de Marina Silva na eleição de 2014 para a Presidência da República. Após a eleição, aceitou o convite de Del Nero, então presidente da FPF, para trabalhar na entidade como secretário-geral. No ano seguinte, foi para a CBF quando Del Nero assumiu a presidência.
Eduardo Zebini assumiu em abril de 2020 a diretoria de mídia da CBF, cargo que acumulará temporariamente com a secretaria geral. Zebini é um executivo com larga experiência no jornalismo esportivo. Passou por Band, Record e Manchete e foi vice-presidente e diretor editorial do Fox Sports, cargo que ocupou até março do ano passado.