O destino de Rogério Caboclo no comando da CBF está perto de ser definido. No dia 29 de setembro, quarta-feira da próxima semana, a entidade se reunirá em Assembleia Geral Extraordinária para avaliar a mais recente decisão do Comitê de Ética sobre o afastamento do ex-mandatário pelo prazo de 21 meses após investigações sobre caso de assédio moral e sexual contra uma funcionária.
Pelo estatuto da CBF, a decisão da Comissão de Ética da entidade precisa ser referendada pelos presidentes das federações. A comissão pode inocentar o presidente afastado ou sugerir de advertência a afastamento definitivo – mas, para isso, pelo menos três-quartos dos dirigentes de federações estaduais precisarão dar aval. "Levando em conta a relevância do assunto a ser tratado, contamos com a indispensável presença de todas as Federações filiadas", finaliza a nota assinada pelo presidente interino Ednaldo Rodrigues.
Em 24 de agosto, o mesmo órgão da CBF havia definido um afastamento de 15 meses devido à "conduta inapropriada". No entanto, a nova indicação formalizada nesta segunda-feira identifica o caso como "assédio", fato que levou ao aumento do tempo de afastamento de Rogério Caboclo.
Se a Assembleia Geral ratificar a orientação da Comissão de Ética, Caboclo ficará ausente do cargo até março de 2023, retornando apenas um mês antes do fim de seu mandato. O caso de assédio contra uma secretária da entidade veio à tona em junho, poucos dias antes do início da Copa América, que teve sua realização transferida para o Brasil.
Patrocinadores e a Fifa observam o desenrolar das investigações da CBF com preocupação. A seleção brasileira tem grande representação e importância no mercado publicitário e esportivo. Dirigentes importantes, somados aos principais clubes do País, tentam confirmar a saída de Rogério Caboclo da presidência para dar início a um novo ciclo, com maior participação das equipes nos rumos do futebol.