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CBF pede que clubes e federações opinem sobre paralisação do Brasileirão por chuvas no RS

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou, na noite de sexta-feira, uma circular a todos os seus membros filiados pedindo um posicionamento sobre a possibilidade de interrupção da disputa dos torneios nacionais em virtude da catástrofe que afeta o Rio Grande do Sul e de um ofício protocolado pelo ministério do Esporte sugerindo a paralisação dos campeonatos.

O documento foi encaminhado para os clubes que disputam todas as divisões do Campeonato Brasileiro masculino e feminino e também as 27 federações estaduais. A CBF pede na circular que o posicionamento seja feito em caráter de urgência, no entanto não aponta uma data limite para as respostas. A informação foi trazida primeiramente pela página "Lei em campo" e confirmada pelo Estadão

Na última semana, a maioria dos clubes já havia se manifestado de forma contrária à interrupção do Brasileirão. Internamente, a CBF também debateu o tema e encontrou problemas de calendário que inviabilizariam o adiamento dos torneios, que invadiriam 2025, ano em que haverá enormes dificuldades para a distribuição dos torneios, uma vez que será disputada a Copa do Mundo de clubes, nos EUA, reunindo Palmeiras, Flamengo e Fluminense, ao menos.

Por enquanto, apenas os jogos dos times gaúchos foram adiados, tanto nos torneios nacionais, como nos continentais, caso das Copas Libertadores e Sul-Americana, que são disputadas por Grêmio e Internacional, respectivamente. Clubes e entidades articulam para que as equipes do Estado sejam realocadas em outras regiões do País para que possam nas próximas semanas retomar suas atividades e participação nos torneios. Os estádios e centros de treinamento da dupla Gre-Nal foram impactados pelas enchentes.

De acordo com os números mais recentes divulgados pela Defesa Civil, cerca de 2 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, em 444 dos 497 municípios do Estado gaúcho. O número de mortes chegou a 136. Há, aproximadamente, 340 mil pessoas desalojadas e outras 71 mil em abrigos.

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