Estadão

CBF tem acordo com Diniz para comandar a seleção brasileira até chegada de Ancelotti

Fernando Diniz foi escolhido pela CBF para comandar interinamente a seleção brasileira. O técnico do Fluminense tem um acordo verbal para estar à frente da equipe nacional até Carlo Ancelotti assumir o comando, o que deve acontecer no meio do ano que vem, depois que terminar o contrato do italiano com o Real Madrid.

Ficou acordado que Diniz vai conciliar seu trabalho na seleção com suas funções no Fluminense. Assim, a ideia é que o técnico seja responsável pelas convocações e treine a seleção durante todos os compromissos, mas não desfalque a equipe carioca durante em momentos decisivos, como jogos do mata-mata da Libertadores.

A contratação ainda não foi oficializada porque restam detalhes para ser definidos. As partes discutem, por exemplo, quem serão os auxiliares de Diniz. O técnico não quer deixar o Fluminense e a seleção desamparados quando estiver fora de um dos dois. Existe a possibilidade de contratar novos nomes para ajudar o treinador, observando atletas dentro e fora do Brasil, assistindo a partidas e fazendo ajustes táticos.

Cabe lembrar que Marcos Seixas, preparador físico do Fluminense, já atuou na seleção brasileira recentemente. Ele foi convocado para trabalhar na comissão técnica do Brasil nos amistosos contra Guiné e Senegal.

O anúncio da CBF deve feito nesta semana pelo presidente Ednaldo Rodrigues. Ele havia prometido que daria uma posição sobre o técnico "tampão" da seleção sexta-feira passada, mas adiou sua decisão para encaminhar o acordo com Diniz e o Fluminense. A parte financeira não é um entrave, visto que já foi definido o salário do comandante.

Diniz vai estrear na seleção na abertura das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, em setembro. Seu primeiro jogo no comando interino do Brasil será contra a Bolívia, dia 4, ainda em local a definir. Depois, o próximo compromisso será contra o Peru, em Lima, no dia 12.

O novo interino estará à frente da seleção em mais quatro jogos das Eliminatórias: Venezuela e Uruguai, em outubro, Argentina e Colômbia, em novembro.

Ramon Menezes, treinador da seleção sub-20, vinha sendo o interino do Brasil nos três únicos compromissos neste ano. Sob seu comando, o time perdeu para Marrocos e Senegal e ganhou de Guiné.

Ele era o profissional mais provável de fazer esse trabalho provisório, mas os maus resultados nos amistosos, somados à eliminação da seleção sub-20 nas quartas do Mundial da categoria, enfraqueceram seu trabalho. Ramon deve, porém, treinar o time olímpico para Paris-2024.

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