As finais da edição de 2015 da Liga Mundial serão realizadas no Brasil. Pouco mais de três meses após o País desistir de sediar a etapa decisiva da competição, uma reviravolta tornou possível a disputa das finais no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio, o que foi confirmado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB).
A fase decisiva da próxima edição da Liga Mundial servirá como evento-teste para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio. E, de acordo com o comunicado divulgado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), o projeto do Brasil de conquistar a medalha de ouro olímpica no próximo ano pesou na decisão da entidade de voltar atrás e se prontificar a organizar no País as finais da Liga Mundial.
“Entendemos agora ser hora de priorizarmos o projeto olímpico. É olhar para frente, para 2016. Retomamos as negociações assim que tivemos a informação que estaríamos fora da Copa do Mundo. Não poderíamos comprometer um planejamento que está há três anos mantendo o Brasil no pódio das competições e que encerra o ciclo olímpico jogando em casa”, disse Walter Pitombo Larangeiras, presidente da CBV.
Com a confirmação da sede no Rio, o Brasil já tem vaga garantida na fase decisiva da Liga Mundial, que será disputada por seis equipes entre os dias 15 e 19 de julho. De qualquer forma, a seleção vai participar do Grupo A do torneio, que também conta com as seleções da Sérvia, da Austrália e da Itália.
A seleção brasileira, aliás, é a maior vencedora do torneio com nove títulos, conquistados em 1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010, além de ter disputado outras cinco decisões. O Brasil já sediou as finais da Liga Mundial quatro vezes, em 1993, 1995, 2002 e 2008, mas só assegurou o título na primeira oportunidade, em São Paulo.
Em dezembro do ano passado, em meio a um conflito entre a FIVB e a CBV, o Brasil desistiu de sediar as finais da Liga Mundial, após alguns integrantes da seleção brasileira masculina de vôlei serem punidos por causa de incidentes ocorridos no Mundial da Polônia, realizado em outubro.
Na visão do Brasil, a punição seria uma retaliação do presidente da FIVB, o brasileiro Ary Graça Filho, que já foi presidente da CBV e estava no centro do escândalo envolvendo administração de recursos do seu período no comando da confederação brasileira. Agora, porém, a CBV voltou atrás na sua decisão e as finais da edição de 2015 da Liga Mundial acontecerão no Rio.