Variedades

CCBB abre mostra com 90 obras de Picasso, Miró, Dalí e outros

Na mais recente parceria entre o Centro Cultural Banco do Brasil e a Fundação Mapfre, Picasso e a Modernidade Espanhola, exposição que será aberta na terça, 24 (para convidados), o centro das atenções, como sugere o título da mostra, é Picasso, mas há nela artistas que foram tão ou mais populares que o mestre, entre eles Salvador Dalí, surrealista com notável talento para o marketing.

Dividida em oito módulos, com 90 obras pertencentes ao acervo do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, a exposição estabelece relações entre os principais arautos da modernidade artística na Espanha, como Miró, Juan Gris, Julio González e Antoni Tàpies, além de propor uma nova leitura do trabalho de artistas diretamente associados a Picasso, seja por afinidade eletiva ou artística, como Rafael Barradas, nascido no Uruguai, e a espanhola María Blanchard.

Entre os outros artistas selecionados e menos conhecidos do público brasileiro, o curador espanhol Eugenio Carmona, professor de História da Arte da Universidade de Málaga, destaca Alberto Sánchez, Benjamín Palencia, Francisco Bores, José Guerrero, Maruja Mallo e Pablo Palazuelo.

Os módulos dedicados ao trabalho de Picasso constituem, porém, o alicerce da mostra, destacando-se os oito desenhos preparatórios de sua obra-prima, Guernica (1937), entre os quais figura a cabeça do cavalo que domina o centro do político painel antifascista contra o bombardeio da cidade espanhola, em abril de 1937, por aviões alemães, em apoio ao ditador Franco.

Além desses desenhos, Picasso está representado por telas icônicas que definem fases históricas, entre elas Cabeça de Mulher (1910), Busto e Paleta (1932), Retrato de Dora Maar (1939) e O Pintor e a Modelo (1963), uma das várias versões que fez do tema. A relação dos artistas espanhóis com o Brasil é antiga. A Bienal de São Paulo, lembra o curador, premiou Antoni Tàpies e Jorge Oteiza e trouxe Guernica em sua segunda edição (1953).

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