A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) obteve na Justiça liminar de reintegração de posse da área ocupada irregularmente, localizada atrás do Hospital Geral de Guarulhos (HGG), no Parque Cecap. As ocupações começam na marginal do rio Baquirivu-Guaçu e vão até os fundos do terreno, na avenida Ministro Evandro Lins e Silva.
De acordo com a CDHU, que é proprietária da área ocupada irregularmente, ainda não há data agendada para o cumprimento da ordem judicial. Como representante da região do Cecap, o vereador Geraldo Celestino (PSDB) relata que a comunidade do bairro espera que a CDHU retire urgentemente as famílias do local.
O vereador está indignado com o crescimento da invasão. "A ocupação começou com apenas duas famílias, e de novembro pra cá aumentou para cerca de 30 famílias que ocupam o terreno em condições subumanas. O lixão da área é um perigo para gerar contaminação ao hospital".
A população que passa próximo da área teme que a falta de controle da ocupação possa resultar no crescimento desenfreado irregular, que pode se transformar em mais uma favela da cidade. A estudante Dejanira Tales, 19 anos, acredita que a Administração Pública fecha os olhos para os problemas de habitação. "Se o espaço virar uma favela, a segurança ao redor ficará comprometida", comentou a estudante ao sair de uma consulta médica do hospital.
O motorista Clerison Alves Santos, 34, não se conforma com a atitude dos moradores que ocupam o terreno, em atear fogo no lixo. "Toda a fumaça do lixão da favela segue na direção do hospital. É o cúmulo para o paciente que está internado no HGG, ter que respirar um ar tão poluído".