O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, um termômetro do risco-país, subiu para 133,1 pontos nesta quinta-feira, 27, ante 111 pontos do fechamento de ontem e 93 na segunda-feira, de acordo com cotações da IHS Markit. A taxa alcançou nesta quinta o nível mais alto desde 12 de outubro do ano passado, acompanhando a piora dos ativos no mercado financeiro internacional por conta dos temores com o coronavírus.
O CDS de cinco anos do Brasil foi nas mínimas em dez anos no último dia 19, batendo em 91,8 pontos. Desde então, já subiu 40 pontos.
"O sentimento de fuga do risco aumentou na medida em que mais casos de coronavírus são reportados no resto do mundo do que na China", afirmam os estrategistas do banco de investimento americano Brown Brothers Harriman (BBH).
Para eles, os ativos de risco, sobretudo dos emergentes, e aqueles mais dependentes do crescimento mundial devem seguir "sob pressão" até que se saiba mais detalhes do alcance do coronavírus e dos impactos na atividade.