O prêmio de risco embutido no CDS (Credit Default Swap) de cinco anos do País cai nesta quinta-feira, 15, a despeito de a agência de classificação de risco Fitch ter rebaixado em um grau a nota soberana do Brasil. O contrato de proteção contra eventual calote caía 3,11%, para 436 pontos no período da tarde, segundo fonte ouvida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Os CDSs de emergentes como Hungria, Turquia, África do Sul, México, Chile e Colômbia também caíam no mesmo momento. Entre essas economias, o CDS brasileiro era o mais alto, seguido de longe pelo indicador da Rússia (325) e da Turquia (270).
Para o economista ouvido pelo Broadcast, a queda do prêmio de risco deve-se ao acumulado de resultados ruins sobre a retomada do crescimento econômico nos Estados Unidos. Apesar de o total de pedidos de auxílio-desemprego ter caído para o menor nível desde novembro de 1973, o que mostra uma melhora da economia americana, um conjunto de outros dados divulgados nesta semana mostra uma piora da atividade.
Frustraram as expectativas dos analistas os resultados do índice de atividade regional Empire State do Estado de Nova York e do índice de atividade industrial regional do Federal Reserve (Fed) da Filadélfia, assim como o índice de preços ao produtor, divulgado na quarta-feira, 14.
Nesta quinta, a deflação nos preços ao consumidor foi, na avaliação desse economista, outro ponto que reforçou a previsão de que o Fed irá elevar os juros dos EUA somente no ano que vem, o que reduz o prêmio exigido de emergentes.



