A Subsecretaria de Acessibilidade e Inclusão de Guarulhos organiza a participação de pessoas com deficiência nas comemorações carnavalescas na cidade com uma ala inclusiva no Bloco Jacaré de Teta, que acontece no próximo sábado (7) no Parque Cecap. A ala contará com cerca de 30 membros e desfilará logo atrás da bateria. Entre os participantes estão pessoas com diversos tipos de deficiências, além dos responsáveis que irão acompanhá-los, bem como voluntários que trabalham nos projetos inclusivos.
Na tarde desta quarta-feira (4) os deficientes visuais atendidos pela Pasta através do projeto Práticas Educativas para a Inclusão Social do Deficiente Visual (Peis) participaram de atividade de customização dos seus abadás na sede da subsecretaria, orientados pela professora Fernanda de Oliveira. Com fitas coloridas, colagens e amarrações, eles estão trazendo ainda mais cor ao desfile do bloco.
De acordo com Daniella Reis, gerente técnica de Acessibilidade e Inclusão, a ideia de incluir pessoas com deficiência no Carnaval surgiu dos organizadores do Bloco Jacaré de Teta após uma parceria durante a Virada Inclusiva, evento realizado na cidade em dezembro de 2019. “É uma oportunidade muito boa porque podemos apresentar coisas que ninguém pensa em um bloco de Carnaval, como a importância da disponibilização de banheiros químicos adaptados. Acreditamos que cada vez mais seremos convidados para participar do planejamento de outras ações culturais na cidade e assim começar a pensar em mais esta política de inclusão”, disse.
O presidente do Bloco Jacaré de Teta, Éric Esteves, pretende espalhar o projeto para todos os organizadores de blocos em Guarulhos. “A nossa proposta é tornar o Carnaval da cidade pioneiro na questão de inclusão. Estamos dando início a um projeto que vai crescer muito ainda. Estou muito feliz em participar de um Carnaval diferente e acessível a todos”, afirmou.
Felicidade
João Victor, de 19 anos, que perdeu a visão há cerca de um ano por conta de um descolamento de retina, é atendido pelo Peis no CIC Pimentas e está reaprendendo a realizar as atividades do dia a dia. “Eu achava que a minha vida tinha acabado quando eu perdi a visão, mas estou aprendendo que posso voltar a fazer minhas coisas sozinho. Saber que teremos a oportunidade de um Carnaval inclusivo é muito bom”, comemorou.
