A Cemig estima em cerca de R$ 500 milhões a receita financeira com a indenização pelos ativos de transmissão anteriores a maio de 2000 e não amortizados. O cálculo, ainda preliminar e sujeito a alterações, foi feito depois que o Ministério de Minas e Energia publicou os critérios para esse reembolso.
Conforme destacado pela Cemig em apresentação a analistas durante teleconferência, a Aneel definiu que os valores homologados pela própria agência deverão ser recebidos em um prazo de 8 anos, a partir do reajuste tarifário de 2017. Os montantes deverão ser atualizados pela variação do IPCA e remunerados em 10,44% ao ano, com base no custo do capital próprio do segmento de transmissão, definido pela Aneel nos processos de revisão tarifária periódica.
O superintendente de controladoria da Cemig, Leonardo George de Magalhães, lembrou que a Cemig tem um valor registrado relacionado a esses ativos de R$ 1,09 bilhão, atualizado pelo IGP-M, desde 2012 até agora.
O executivo considerou o anúncio das condições para as indenizações um ganho para o setor elétrico e o segmento de transmissão, na medida em que estabelece um fluxo de caixa para as empresas.