Cidades

Cemitérios da cidade registram 60 mil visitantes durante feriado

Os túmulos dos Mamonas Assassinas, no Cemitério Primavera I, e de Mércia Nakashima, no São João Batista, estiveram entre os mais visitados por familiares e populares

Saudade, conforto, conformidade e consolo são sentimentos que marcaram o feriado de finados, nesta terça-feira, dia 2, na cidade. Cerca de 60 mil pessoas passaram pelos cemitérios do município. Os túmulos dos Mamonas Assassinas, no Cemitério Primavera I, e de Mércia Nakashima, no São João Batista, estiveram entre os mais visitados por familiares e populares.

De acordo com a administração do Cemitério Primavera I, aproximadamente 25 mil pessoas estiveram no estabelecimento para homenagear entes queridos. Deste total, 2% procuraram a sepultura do grupo Mamonas Assassinas. Os seis integrantes da banda, falecidos há 14 anos após um acidente aéreo, ficaram famosos com a Brasília de cor amarela e canções repletas de bom humor.

Para Ana Paula Barbosa, irmã do tecladista do grupo, os fãs ajudaram a superar a dor pela perda. "Não é fácil, mas o carinho das pessoas nesse momento faz as dores fugirem. O que fica é a saudade e se Deus quis assim, assim há de ser. O que deixa mais feliz é o fato de que as pessoas ainda gostam deles", declara.

Já o pai de Sérgio e Samuel, respectivamente baterista e baixista da banda, também frisa a importância da população que admirava o trabalho dos filhos.

"A presença deles traz um pouco de conforto nessa hora. Isso nos conforta e aumenta cada vez mais a saudade deles", disse Ito Reoli, emocionado.

Já no cemitério São João Batista, na região central, a administração do local destaca o grande número de visitantes que compareceram ao túmulo de Mércia Nakashima, – advogada encontrada morta na represa de Nazaré Paulista em 11 de junho. O crime ainda segue sem solução.

A mãe de Mércia, Janete Nakashima, afirma que está encontrando dificuldades para retomar suas atividades cotidianas com normalidade após o falecimento de sua filha. "Dentro de casa não consigo fazer nada. ela está fazendo muita falta!", expressa.

Depois de quase cinco meses do falecimento, o irmão, Márcio Nakashima, acredita que o sentimento que marca nesta data é um misto de conformismo e saudade, além do carinho das pessoas. "Cada dia que passa fica mais difícil. Queria ela de volta".

O aposentado Estevam Gomes, 65 anos, aponta a saudade como principal aspecto para o dia de finados. "Este é um dia marcado pelo sentimento e pela saudade", destaca Gomes. A doméstica Maria da Silva, 58, acredita que o dia 2 de novembro é uma data para se lembrar dos familiares e de tudo aquilo que eles tenham realizado em vida.

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