Economia

Cenário eleitoral pressiona e dólar termina a R$ 2,4380

O desempenho do candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, no debate da noite de terça-feira, 14, da TV Bandeirantes frustrou os investidores e a reação foi uma sessão de alta para o dólar no mercado doméstico.

O dólar encerrou a sessão com ganho de 1,50%, a R$ 2,4380, depois de oscilar da mínima de R$ 2,4130 (+0,45%) à máxima de R$ 2,4550. (+2,20%). O volume negociado no mercado à vista totalizava apenas US$ 910,2 milhões até 16h35, sendo US$ 861,7 milhões em D+2. No mercado futuro, o dólar para novembro estava cotado a R$ 2,4500, com valorização de 1,66%.

O jogo eleitoral permeou as negociações com dólar durante todo o dia, tirando um pouco da força externa sobre a moeda. Os investidores foram às compras de moeda com o aumento da indefinição sobre quem será o vitorioso nas eleições do próximo dia 26, uma vez que Aécio Neves não se sobressaiu no debate como se esperava. Como as últimas pesquisas mostraram um empate técnico, ora para o tucano, ora para a petista Dilma Rousseff, a ordem hoje foi comprar dólar.

A alta da moeda chegou a ganhar força à tarde, quando o dólar no exterior se fortaleceu sobre as emergentes, em meio às dúvidas sobre os efeitos do enfraquecimento da economia global, assunto recorrente hoje após a divulgação de dados fracos de várias grandes economias.

O enfraquecimento global tem duas leituras e o mercado ainda não sabe em qual se posicionar. Por um lado, ele contribui para adiar o início do aperto monetário nos EUA. Por outro, dificulta o comércio exterior dos emergentes, grandes exportadores para EUA e também Europa. Assim, essa desaceleração das grandes economias prejudica esses países.

Mas esse repique da moeda perdeu força com rumores de que Aécio teria ultrapassado Dilma Rousseff no Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do País. As pesquisas Ibope e Datafolha saem na noite de hoje.

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