O goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, disse na madrugada desta quinta-feira que o clube precisa de paz política para superar a crise e manifestou apoio à permanência no cargo do presidente interino, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Para o jogador, o mais importante no momento atual dos bastidores criar um ambiente tranquilo e deixar quem está no comando tentar resolver a crise.
“É o momento de todos pensarem no clube. Agora com o presidente assumindo interinamente, com prazo de até 30 dias, é um momento de ter paz política no clube. Mas temos que ir atrás de esclarecer tudo que aconteceu, isso é muito importante”, comentou o goleiro de 42 anos de idade na saída do Maracanã, onde o São Paulo perdeu por 2 a 0 para o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, na noite de quarta-feira. O jogo marcou a estreia do técnico Doriva no cargo.
A crise política do São Paulo teve como ponto alto a renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar na terça-feira, após denúncias de irregularidades. Para o lugar dele, Leco, então presidente do Conselho Deliberativo, assumiu o comando e tem o prazo de 30 dias para marcar uma eleição. O pleito vale para saber quem ficará como mandatário do clube até abril de 2017.
“É hora de talvez eles (dirigentes) sentarem no São Paulo e escolherem o próprio Leco para quem sabe ocupar esse restante de mandato. Falta um ano e meio ainda para acabar. Isso é importante para que possa se tocar uma coisa, um trabalho com mais calma, mais tranquilidade e resolver tudo o que tem para resolver”, disse Rogério Ceni. O próprio Leco deve ser um dos candidatos à disputa desse mandato tampão.