Na madrugada deste sábado, 18, soldados israelenses que realizam operações militares pelo quarto dia consecutivo na Faixa de Gaza ordenaram a desocupação do hospital Al-Shifa no prazo de "uma hora". Centenas de pessoas passaram a se retirar do local, mas autoridades médicas afirmaram que 120 feridos e um grupo de bebês prematuros não puderam deixar as instalações. Vários médicos ficaram para atender os pacientes.
De acordo com a ONU, cerca de 2.300 pacientes, equipes médicas e refugiados estavam nas instalações, o que despertou a preocupação internacional sobre o destino deles. Israel, por sua vez, alega que o grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, está usando o hospital como base militar.
A mensagem de desocupação do hospital foi dada nas primeiras horas da madrugada.
O exército israelense também ligou para o diretor do hospital, Mohamed Abu Salmiya, para lhe solicitar que "retirasse os pacientes, os feridos, os deslocados e a equipe médica, e que todos fossem a pé" para a avenida costeira que margeia o hospital na Cidade de Gaza dentro de uma hora.
Há dias, soldados israelenses têm entrado nos serviços do Al-Shifa para interrogar as pessoas que estão lá dentro, e têm vasculhado "prédio por prédio", de acordo com o exército israelense. O complexo médico é o maior da Faixa de Gaza.