Política

Centrais e governo retomam nesta quarta-feira negociações sobre mínimo de R$ 580

Governo sinalizou com a possibilidade de correção de 4,5% na tabela do IR, proposta descartada posteriormente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega

As Centrais Sindicais voltam à mesa de negociações com o governo, nesta quarta-feira, para uma nova tentativa de acordo em torno do aumento do salário mínimo, das aposentadorias com valor acima do Piso e da correção da tabela do Imposto de Renda (IR) na fonte. Na primeira reunião, na quarta-feira passada (26), o governo sinalizou com a possibilidade de correção de 4,5% na tabela do IR, proposta descartada posteriormente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O debate sobre a correção na tabela do IR ganhou força desde a declaração de Mantega. O especialista em finanças públicas e professor da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Pscitelli, disse que a correção exigida pelos sindicalistas está correta. "O Fisco abarca uma parcela daquilo que você não pagava de imposto. É paradoxal e tão absurdo, não é possível que no Brasil a gente ainda não tenha institucionalizado a correção da tabela".

Segundo o advogado tributário Paulo Siqueira, a correção da tabela de IR é uma obrigação do Estado e cabe ao Congresso Nacional e à sociedade civil organizada pressionar o governo."É preciso corrigir os valores básicos. Se aquele valor fica sem a devida correção os salários aumentam, mas o poder aquisitivo continua o mesmo. É indispensável que isso ocorra".

Confisco – Siqueira defende a necessidade de criar uma regra para a correção da tabela de IR. "O aumento da tributação e o congelamento da tabela são caracterizados como ato de confisco, porque está se atingindo uma faixa de contribuintes que não podem pagar a quantidade de impostos cobrados". Entre hoje e amanhã, a Força Sindical entrega aos parlamentares um panfleto em que destaca pontos como o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias.

 

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