Na manhã da última sexta-feira (25) o CinePop exibiu o longa O Solista para uma plateia de 25 pessoas, buscando levar a reflexão acerca do Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. A iniciativa proporciona exibições de filmes seguidos de bate-papos com o público assistido pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop I).
O Solista narra a história de Lopes (Robert Downey Junior), um colunista do jornal Los Angeles Times infeliz com o trabalho e em busca de um rumo na vida. Um dia, andando pelas ruas da cidade, ele encontra Nataniel (Jamie Foxx), um homem em situação de rua portador de esquizofrenia que possui um dom surpreendente para a música. O jornalista se interessa pela história de Nataniel e passa a publicá-la em sua coluna. O filme mostra o surgimento da amizade entre os dois e retrata a vida de pessoas em situação de rua em uma grande metrópole dos Estados Unidos.
Após a exibição do filme, a psicóloga da unidade, Fernanda Pustiglione, falou com os presentes sobre o quanto a população em situação de rua é heterogênea e a respeito das peculiaridades que cada história de vida carrega. Entre os atendidos do Centro Pop I é possível identificar pessoas com grandes talentos e aptidões: músicos, pintores, carpinteiros, escultores, desenhistas, professores, artistas de rua, entre outros.
De acordo com os registros da unidade, somente em 2023 o Centro Pop I realizou mais de 12 mil atendimentos a 846 pessoas, 760 homens e 86 mulheres, que buscaram o equipamento da Prefeitura para café da manhã, banho, lavar roupas, acompanhamento psicossocial e encaminhamentos para serviços de saúde, regularização de documentos, vagas em acolhimentos institucionais, entre outros. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na rua Salvador Gorgone, 4, Vila Progresso.
Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua
Oficialmente celebrada em 19 de agosto, a data faz menção ao episódio conhecido como “Massacre da Sé”, em 2004. Na ocasião, quinze pessoas que dormiam nas ruas de São Paulo foram atacadas e sete delas morreram. A partir de então, movimentos passaram a se organizar em nome da luta pelos direitos das pessoas em situação de rua em todo o país.
