Organizações do magistério realizaram, na manhã desta terça-feira, 3/3, um manifesto na Alesp (Assembleia Legislativa) para protestar contra a Reforma da Previdência e contra o abono concedido pelo governo estadual. Em Guarulhos, a Apeoesp disponibilizou 12 ônibus que levaram cerca de 500 professores ao local.
A votação do segundo da PEC (proposta de emenda à Constituição), antes prevista para 14h, começou às 9h. O texto, que foi aprovado por 59 deputados (eram necessários 57), prevê mudanças como aumento a contribuição previdenciária de 11% para 14%. O pagamento de R$ 2.886,24 oferecido pela administração de João Doria para equiparar o piso estadual ao piso nacional. Os professores consideram a medida ilegal, alegando que, de acordo com a lei 11.738, nenhum docente deve ganhar abaixo do piso.
Em contato com o GuarulhosWeb, a administração da Apeoesp Guarulhos, 12 ônibus foram disponibilizados aos docentes dispostos a realizar a paralisação. Centenas de pessoas foram transportadas, com veículos saindo dos bairros Tranquilidade, Macedo, Bela Vista, Taboão, São João, Ponte Alta, Cumbica e Pimentas, além do Centro.
Ainda de acordo com a entidade, entre 60% e 70% das escolas estaduais do município fecharam para as paralisações, de forma parcial (com menor quantidade de salas de aula) ou total. A Secretaria da Educação orientou que os profissionais mantenham os colégios abertos durante o dia e que, em caso de eventuais faltas, o superior irá analisar a justificativa apresentada.
A Polícia Militar utilizou spray de pimenta e bombas de gás em servidores que protestaram do lado de fora da Alesp. Agentes da PM e professores foram agredidos.