O preço da cesta básica em outubro aumentou em metade das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e caiu nas outras nove. Segundo a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos divulgada nesta quarta-feira, 4, as maiores altas foram registradas em Brasília (2,10%), Natal (0,97%) e Aracaju (0,93%). Já as quedas mais expressivas foram registradas nas cidades da Região Sul: Curitiba (-1,85%), Porto Alegre (-1,27%) e Florianópolis (-1,21%). No mês anterior, as quedas foram registradas em 13 das capitais pesquisadas.
No período de 12 meses, de novembro do ano passado até outubro deste ano, todas as 18 capitais acumularam alta no preço da cesta, com variações entre 6,02% em Recife e 21,50% em Aracaju. Nos dez primeiros meses do ano, o cenário é o mesmo, com todas as cidades apresentando aumento. Destaque para as elevações registradas em Aracaju (15,13%), Salvador (11,21%) e Curitiba (10,79%). As menores variações ocorreram em Goiânia (3,16%) e Recife (3,98%).
De acordo com o Dieese, os produtos com predomínio de alta nos preços em outubro foram açúcar, arroz, óleo de soja, café em pó, pão francês e carne bovina. O destaque entre as baixas foi a batata, que apresentou diminuição de valor em todas as dez capitais da região Centro-Sul onde é pesquisada.
Em termos de valores, o maior custo da cesta básica em outubro foi registrado em São Paulo (R$ 382,13), seguido de Porto Alegre (R$ 380,80), Florianópolis (R$ 378,45) e Rio de Janeiro (R$ 359,66). Os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 282,87), Natal (R$ 285,47) e Recife (R$ 297,78).
Salário mínimo
Segundo cálculos do Dieese, em outubro o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas – tendo como base a cesta mais cara do mês e levando em consideração determinações constitucionais para suprir despesas básicas – deveria equivaler a R$ 3.210,28, ou 4,07 vezes o mínimo atual de R$ 788,00. Em outubro do ano passado, esse valor era de R$ 2.967,07, ou 4,10 vezes o salário mínimo em vigor na época, de R$ 724,00.