O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinou, nesta terça-feira, 2, a abertura de mais sete processos administrativos contra empregados, gerentes e ex-gerentes da Petrobras. A CGU também determinou duas sindicâncias patrimoniais para apurar suspeitas de incompatibilidade patrimonial dos servidores da estatal investigados pela Operação Lava Jato.
A decisão pela abertura de novos processos é fruto de uma sindicância instaurada pela CGU no primeiro semestre, cujo escopo eram as relações da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshore. A sindicância investigava suposta obtenção de vantagens indevidas da multinacional e o pagamento de propina a agentes públicos federais.
Segundo a CGU, funcionários cuja participação no caso seja comprovada correm risco de demissão. Caso os servidores deixem o cargo, a CGU diz que poderá haver a conversão em destituição ou demissão por justa causa, com eventual proibição de retorno a empregos públicos.
É a segunda vez que a CGU abre uma série de processos contra agentes públicos supostamente envolvidos no esquema da Petrobras e a SBM. Na primeira etapa, a corregedoria pediu abertura de seis processos e uma sindicância patrimonial, além do processo de responsabilização da empresa holandesa, que poderá acarretar o impedimento de celebrar novos contratos com a estatal.