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CGU quer acesso a planilha de doleiro com 750 contratos

O Corregedor-Geral da União, Waldir João Ferreira da Silva Júnior, solicitou à Justiça Federal, no Paraná, uma cópia da tabela apreendida com o doleiro Alberto Youssef, na qual constam 750 obras públicas envolvendo grandes empreiteiras do País e órgãos públicos, em especial a Petrobras. A planilha é para a força-tarefa da Operação Lava Jato o mapa dos negócios em que o doleiro atuou entre 2009 e 2012.

O documento tem servido para os investigadores chegarem a outras empresas, setores da administração e pessoas que podem ter pago propina na lavanderia que alimentou o caixa 2 do PT, PMDB, PP, PSDB e PSB. Chega a R$ 11 bilhões o valor global dos contratos que ele teria intermediado.

“A Controladoria-Geral da União, como órgão central de controle interno do Poder Executivo, tem, entre suas competências, o mister de apurar a responsabilidade administrativa de pessoas físicas e jurídicas que pratiquem ilícitos em suas relações com o Estado, com o objetivo de, garantido o contraditório e ampla defesa, aplicar as sanções cabíveis”, afirma o documento da CGU enviado ao juiz federal Sérgio Moro.

Youssef confessou que atuava na Petrobras, via diretoria de Abastecimento, arrecadando e movimentando propina de 1% dos contratos para o PP. O PT e o PMDB também controlavam o esquema que captava até 3% dos negócios da estatal para abastecer campanhas eleitorais entre 2004 e 2012. O portfólio de contratos revela à PF o mapa dos negócios de Youssef que alcançou a Argentina e o Uruguai.

“Solicito gentilmente cópia da tabela apreendida com um dos investigados na qual constam 750 obras públicas, nos mais diversos setores de infraestrutura, e que envolvem diversas empreiteiras, visando subsidiar a atuação deste Órgão de Controle”, diz o Corregedor-Geral.

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