O Banco Central (BC) aumentou a sua estimativa da chance de a inflação de 2024 estourar o teto da meta, de 4,5%, no cenário de referência. Conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira, 27, a probabilidade passou para 28%. No último documento, de março, era estimada em 19%.
O cálculo tem como base a Selic variando conforme o relatório Focus e o câmbio atualizado com base na Paridade do Poder de Compra (PPC). Já a probabilidade de a inflação ficar abaixo do piso da meta em 2024, de 1,5%, passou de 4% para zero. O centro da meta deste ano é de 3%.
Para 2025, a probabilidade de a inflação superar o teto da meta passou de 17% para 21%. A chance de a taxa furar o piso foi revisada de 11% para 9%.
Já para 2026, a probabilidade de a inflação superar o teto seguiu em 17%, assim como a de furar o piso continuou em 11%.
A partir do ano que vem, a autoridade monetária começará a perseguir uma meta de inflação contínua, e não mais de ano-calendário. Conforme o decreto que regulamenta o novo sistema, publicado nesta quarta-feira, 26, pelo governo, vai se considerar que a inflação ficou fora do alvo quando o IPCA acumulado em 12 meses superar o teto da meta por seis meses seguidos.
Em uma reunião na quarta, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que o centro da meta contínua será de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos, como já é agora. O colegiado também confirmou que o IPCA será o índice usado para apurar a inflação.