O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou nesta quarta-feira, 1º de junho, que deseja unir empregadores e sindicatos em uma "ação orquestrada" para encontrar meios de aplacar os efeitos dos preços crescentes, enquanto evita uma espiral inflacionária na maior economia da Europa.
A Alemanha, como outros países dentro e fora do continente, já vê a inflação acelerar fortemente desde a invasão da Rússia na Ucrânia, que impulsionou preços de alimentos e energia.
Uma estimativa oficial nesta semana mostrou a inflação anual saltando a 7,9% em maio, no maior nível desde o inverno local de 1973-1974.
Segundo Scholz, as altas de preços são provavelmente fruto de choques temporários, mas é preciso tomar cuidado "para que isso não se torne um fato de longo prazo com taxas de inflação excessivas".
Ele falou ao Parlamento alemão. Para o chanceler, a ajuda oficial, financiada por dívida do governo, não é uma solução de longo prazo, sobretudo já que o país deseja limitar neste ano os empréstimos públicos, após lançar mais mão deles durante a pandemia da covid-19.
Na Alemanha, os acordos salariais em geral são fechados em negociações entre organizações patronais e sindicatos que cobrem todo um setor.