Um ano e cinco meses depois do acidente aéreo que chocou o mundo do futebol, a Chapecoense firmou o primeiro acordo trabalhista para pagar indenização à família de uma das vítimas da tragédia ocorrida em novembro de 2016. Pelo acerto, o clube catarinense vai desembolsar R$ 60 mil em danos morais aos pais do lateral Dener Assunção Braz, uma das 71 vítimas fatais do acidente ocorrida na Colômbia.
O acordo prevê o pagamento de dez parcelas mensais ao pai e à mãe do jogador, até janeiro de 2019, segundo termo homologado pelo juiz titular da 1ª Vara do Trabalho de Chapecó, Carlos Frederico Fiorino Carneiro.
Liderada pelos pais de Dener, a ação pedia inicialmente indenização por danos morais e pensão vitalícia pela morte do atleta. Os familiares argumentavam que o jogador era o responsável pelo sustento dos pais. A decisão judicial não menciona a viúva de Dener e seu filho de dois anos.
Dener tinha 25 anos e, antes de defender a Chapecoense, teve passagem pelo Grêmio. Na época do acidente, o lateral negociava uma possível transferência para o São Paulo.
A decisão na Justiça do Trabalho poderá abrir caminho para as famílias de outras vítimas buscarem indenizações semelhantes. Os familiares vêm sendo representados por entidades em diversas ações na Justiça.
O acidente aéreo aconteceu no dia 29 de novembro (pelo horário de Brasília) de 2016. A delegação do time catarinense viajava até Medellín para disputar contra o Atlético Nacional o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana. Após a tragédia, a Conmebol deu o título à Chapecoense, com o apoio do time colombiano.