Em nota oficial, a Chapecoense veio a público nesta quinta-feira para negar qualquer ato de discriminatório por parte do presidente do clube, Nei Maidana. O dirigente é acusado de racismo por torcedores do Sampaio Corrêa, time que derrotou o rival catarinense na noite de terça-feira, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
"Conforme afirmou o dirigente, após a partida entre Sampaio Corrêa e Chapecoense, válida pela 35ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, xingamentos foram dirigidos a ele, motivados pelas circunstâncias do jogo. No entanto – diferente do afirmado na publicação – nenhuma palavra, atitude ou comportamento racista foi proferida em resposta", diz parte da nota.
O fato teria acontecido logo depois da vitória do Sampaio Corrêa sobre a Chapecoense, por 2 a 1, no Castelão, em São Luís. Na descida para o vestiário, ao ser provocado por torcedores adversários, Nei Maidana teria passado a mão no braço, ato interpretado por parte da torcida como referência à cor da pele.
"A Chapecoense, portanto, lamenta o mal entendido e lamenta, ainda, que a acusação tenha sido feita sem que antes os fatos tivessem sido apurados entre todos os envolvidos", disse o clube, na nota. "Por fim, o clube reforça o seu compromisso em atuar efetivamente para combater o racismo – bem como quaisquer tipos de preconceito e violência – de modo a contribuir para que, cada vez mais, o futebol seja um espaço para todos."
Ainda na noite da última terça-feira, alguns torcedores foram até o Plantão Central das Cajazeiras e registraram um Boletim de Ocorrência contra Nei Maidana. O caso está sendo investigado.