Sob forte esquema de segurança e de opiniões divergentes dentro da própria organização, o jornal humorístico francês Charlie Hebdo recebeu o prêmio PEN à liberdade de expressão na noite de ontem, em Nova York, nos Estados Unidos.
O editor-chefe, Gérard Biard e o crítico ensaísta, Jean-Baptiste Thore, receberam o prêmio e foram ovacionados e aplaudidos de pé, após uma semana de debates e críticas se o jornal realmente era merecedor do prêmio. O evento foi realizado no Museu de História Natural.
“Crescer para ser um cidadão é aprender que algumas ideias, algumas palavras, algumas imagens, podem ser chocantes. Ficar chocado faz parte da democracia, do debate. Levar um tiro não”, disse Biard.
O jornal foi alvo de um atentado em janeiro deste ano, após publicarem charges do profeta Maomé, o que ocasionou em 12 mortes. Diante disso, o evento teve forte esquema de segurança, especialmente depois do último ataque ocorrido no Texas, no domingo, a uma exposição de charges de Maomé.
Diversos escritores cancelaram a participação por serem contra às publicações do Charlie Hebdo, considerando-as ofensivas aos muçulmanos. Mais de 200 escritores assinaram uma carta aberta criticando a organização do prêmio PEN. Fonte: Associated Press.