O diretor da CIA, William Burns, fez uma viagem secreta à China no mês passado em uma tentativa de manter as linhas de comunicação abertas, revelou nesta sexta-feira, 2, uma autoridade dos Estados Unidos, à medida que as relações de segurança entre as duas potências globais se tornam cada vez mais amargas.
A viagem de Burns a Pequim foi a visita de mais alto nível de um funcionário do governo Biden desde que os EUA e a China trocaram rusgas após o caso do suposto balão espião chinês no início deste ano. Junto disso, os dois países estão cada vez mais em desacordo sobre a ilha autônoma de Taiwan, a guerra na Ucrânia e outras questões geopolíticas.
"No mês passado, o diretor Burns viajou para Pequim, onde se reuniu com colegas chineses e enfatizou a importância de manter linhas de comunicação abertas nos canais de inteligência", disse o funcionário.
Biden frequentemente destaca seu chefe da CIA em missões sigilosas e secretas, incluindo conversas com o Taleban do Afeganistão e uma viagem a Moscou em novembro de 2021 em uma tentativa malsucedida de dissuadir o presidente russo, Vladimir Putin, de invadir a Ucrânia.
Burns frequentemente descreve a China como a prioridade de inteligência número 1 da agência de espionagem.
A CIA e a Casa Branca se recusaram a comentar o assunto das reuniões, mas a medida faz parte de uma série de tentativas de aproximação entre EUA e China, que tiveram importantes conversas entre o ministro do comércio chinês, Wang Wentao, e sua contraparte norte-americana, Gina Raimondo, na tentativa de manter o diálogo entre as nações. Fonte: <i>Dow Jones Newswires</i>.