Estadão

Chefe da Mercedes rejeita rumores sobre saída de Hamilton rumo à Ferrari

O contrato de Lewis Hamilton com a Mercedes se encerra ao fim desta temporada e o futuro do piloto inglês na Fórmula 1 segue indefinido. Enquanto Toto Wolff, chefe de sua equipe, afirma que as partes devem finalizar um novo vínculo em breve, o destino do piloto inglês pode ser a Itália. De acordo com o tabloide inglês Daily Mail, a Ferrari oferece 40 milhões de libras (cerca de R$ 245 milhões) ao britânico.

O início aquém do esperado da Mercedes neste ano pode ser um fator para que Hamilton aceite a possível oferta da Ferrari. A escuderia de Maranello não se pronunciou. Com apenas um pódio nas cinco primeiras corridas da temporada, a Mercedes sofre desde a mudança no regulamento dos carros, em 2022.

Wolff, no entanto, desmente as informações sobre a saída de sua maior estrela. Segundo ele, as conversas com o heptacampeão da categoria seguirão nos próximos meses até que as partes selem um novo vínculo contratual. "Esses rumores (sobre a saída de Hamilton) surgem a cada dois anos, quando temos de fechar um novo acordo. Mas nada disso é verdade. Discutimos as coisas normalmente, sem pressão de tempo", afirmou, em entrevista ao portal austríaco oe24.

"É simplesmente desconfortável que dois amigos, dois irmãos de sangue, que passaram por bons e maus anos, de repente tenham que discutir sobre dinheiro. Estou absolutamente convencido de que encontraremos uma solução, não tenho dúvidas", disse Wolff. Em 2022, antes do início da temporada, o piloto inglês também fez um suspense sobre uma possível aposentadoria antes de acertar seu novo vínculo com a equipe.

Para contar com Hamilton, a equipe italiana teria de abrir mão de um de seus pilotos. Tanto o contrato de Charles Leclerc quanto o de Carlos Sainz Jr. se encerram em dezembro de 2024, uma temporada após o término do vínculo do britânico com a Mercedes. Se tivesse de manter um, especula-se que a equipe opte por manter o monegasco Leclerc como seu piloto. Os dois corredores também não se pronunciaram sobre o tema.

De acordo com a publicação do jornal inglês, Hamilton mantém conversas com o presidente da Ferrari, John Elkann, sobre um possível acordo. Aos 38 anos, o principal fator na escolha do piloto seria qual equipe poderá oferecer o melhor carro para competir com a Red Bull em busca do oitavo título mundial. Em 2022, a Ferrari iniciou bem a temporada, mas não conseguiu manter o nível com a Red Bull ao longo das etapas. Mesmo assim, seu carro parece mais promissor do que a Mercedes de Hamilton.

Além disso, sua ida para a Ferrari é um desejo da família e do próprio Hamilton. Em 2021, ele revelou que seria um sonho pilotar o carro da escuderia. "Vou à Monza e ouço os fãs me pedindo venha para a Ferrari . Isso aquece meu coração, mas é incrível como depois de tantos anos, eu nunca pilotei pela Ferrari. Porque é um sonho para todos, um objetivo a ser atingido", afirmou, em entrevista à Sky Sport.

Ídolo de Hamilton, Ayrton Senna também pode ser um fator para que o britânico opte por defender a Ferrari. Antes de sua morte em Ímola, em 1994, o brasileiro havia cogitado se transferir para a escuderia italiana na temporada seguinte. O heptacampeão mundial já demonstrou, em repetidas oportunidades, a admiração que tem pelo piloto brasileiro.

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