A superioridade da Red Bull é tão grande neste início de temporada da Fórmula 1 que as equipes adversárias já não sabem o que fazer para tentar competir com Max Verstappen e Sérgio Perez. George Russell, da Mercedes, disse em entrevista à BBC que os rivais têm sete décimos de vantagem sobre as demais equipes por volta e que estão "se segurando" nas corridas para não demonstrar tamanha vantagem. Chefão da escuderia austríaca, Christian Horner ironizou as declarações.
Com vitória nas três corridas da temporada e duas dobradinhas, no Bahrein e na Arábia Saudita, a Red Bull tem 58 pontos de vantagem na disputa do Mundial de Construtores sobre a Aston Martin, segunda colocada, o que levou George Russell à conclusão que até diminuíram o ritmo no GP da Austrália, apesar de Perez não ter ido ao pódio.
"Com certeza eles estão se segurando. Acho que têm vergonha de mostrar todo o seu potencial. Eu acho que, realisticamente, eles provavelmente têm vantagem de sete décimos sobre o resto do pelotão", afirmou o piloto da Mercedes ao podcast Checkered Flag. "A Red Bull não tem motivos para pressionar, dada a velocidade bruta de seu carro. Não sei como é a diferença de ritmo no momento, mas Max não tem motivos para forçar, nem a Red Bull."
Horner ironizou a declaração dizendo que Russell "está sendo generoso", e foi logo lembrando do domínio recente da Mercedes nos sete títulos de Lewis Hamilton. "Ok, isso é muito generoso da parte dele. Mas de todas as equipes, a sua saberia muito bem sobre esse tipo de vantagem", afirmou, lembrando a fase vencedora da adversária entre 2014 e 2021.
O dirigente aproveitou para garantir que seus pilotos não estão "escondendo o jogo" nas provas, apesar de admitir que em certo momento na Austrália houve uma e conomia do equipamento para evitar desgastes de pneu e motor.
"Há sempre um elemento de gerenciamento que acontece em qualquer corrida. Por ser uma corrida de uma parada, e uma parada muito cedo, é claro que havia um elemento de gerenciamento de pneus que estava acontecendo, que era o que eles estavam fazendo", enfatizou o chefe da Red Bull. "Mas não estávamos segurando sete décimos por volta porque não queríamos mostrar."