Os militares chineses se tornaram significativamente mais agressivos e perigosos nos últimos cinco anos, alertou o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, o general Mark Milley, durante uma viagem ao Indo-Pacífico que incluiu uma parada, neste domingo, na Indonésia.
O general disse que o número de interceptações de aeronaves e navios chineses na região do Pacífico pelos EUA e aliados aumentou significativamente ao longo desse período. "A mensagem é que os militares chineses, no ar e no mar, tornaram-se significativamente mais e visivelmente mais agressivos nesta região em particular", disse Milley, que recentemente pediu a sua equipe que compilasse detalhes sobre as interações entre a China e os EUA na região.
Milley informou que houve interceptações chinesas por Japão, Canadá, Austrália, Filipinas e Vietnã. Todos eles, disse ele, viram um aumento "estatisticamente significativo" nas interceptações, e o número de incidentes inseguros aumentou em "igual proporção".
Milley, que se reunirá com a general Andika Perkasa, chefe das Forças de Defesa Nacional da Indonésia, afirmou que nações do Pacífico querem os militares dos EUA envolvidos e engajados na região.
"Queremos trabalhar com eles para desenvolver a interoperabilidade e modernizar nossas forças armadas coletivamente", disse Milley, para garantir que eles possam "enfrentar qualquer desafio que a China represente".
Os comentários vieram no momento em que os EUA redobram seus esforços para fortalecer suas relações com as nações do Pacífico como um contrapeso à China, que está tentando expandir sua presença e influência na região.
Autoridades militares dos EUA também fizeram diversos alertas sobre a possibilidade de a China invadir Taiwan, a ilha democrática e autogovernada que Pequim vê como uma província separatista. A China intensificou suas provocações militares contra Taiwan, enquanto procura intimidá-la a se unificar com o governo comunista continental.
Fonte: Associated Press.