Presidentes de quatro torcidas organizadas do Rio são procurados pela Polícia Civil nesta terça-feira, um dia após o Tribunal de Justiça decretar a prisão temporária de todos eles. O grupo é acusado pelos crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio.
As prisões de Anderson Azevedo Dias, presidente da Young Flu; Fabiano de Souza Marques, da Força Jovem do Vasco; Bruno da Silva Paulino, da Torcida Jovem do Flamengo; e de Anderson Clemente da Silva, da Raça Rubro-Negra, foram determinadas pela juíza Ana Beatriz Estrella, do Plantão Judiciário, no início da noite de segunda-feira. Agentes da Polícia Civil tentam localizar os acusados, que são considerados foragidos.
Na decisão, a juíza se baseou em inquérito que apurou as brigas que antecederam o clássico entre Flamengo e Vasco, há oito dias, no Maracanã. Na ocasião, diversos focos de confusão foram registrados no Rio. No mais grave deles, um torcedor foi baleado e acabou morrendo no dia seguinte. Ao todo, sete pessoas ficaram feridas.
"A gravidade dos crimes praticados, os bens jurídicos violados e o desvalor das condutas supostamente perpetradas pelos Indiciados conduzem à adoção de enérgicas providências por parte do Poder Judiciário, devendo ser ressaltado que a liberdade dos representados pode obstaculizar a colheita de provas e, ainda, colocar em risco a vida ou a integridade física das testemunhas", escreveu a juíza.
O pedido de prisão dos quatro dirigentes de organizadas vem na esteira de outras medidas contra esses grupo de torcedores. Na sexta-feira passada, o governo do Rio proibiu cinco delas de frequentar os estádios – além das quatro com dirigentes investigados, há ainda a Fúria do Botafogo. Até mesmo a exigência de torcida única nos estádios chegou a ser cogitada, mas a medida não foi aceita.