O Chelsea confirmou neste sábado que chegou a um acordo final e definitivo para vender o clube ao consórcio americano Clearlake Capital, de Todd Boehly. Após liberação do governo britânico para o time de Roman Abramovich ser vendido, o clube confirmou que a transação deverá ser finalizada nesta segunda-feira.
Os lucros da transação serão depositados em uma conta britânica congelada, com a intenção de doar 100% do valor a causas benéficas, conforme confirmado pelo russo Roman Abramovich, afetado pelas sanções do poder executivo de Londres por suas relações com o presidente russo, Vladimir Putin. A nota indica que ainda precisa da aprovação do governo para que os lucros sejam transferidos.
As negociações totalizaram um acordo de 4,25 bilhões de libras, algo equivalente a R$ 26,6 bilhões. Mark Walter, presidente da franquia de beisebol, e o empresário suíço Hansjörg Wyss também estão envolvidos no negócio.
Os novos proprietários investirão 1.750 milhão de libras em benefício do clube, como no estádio Stamford Bridge, na academia de base e no futebol feminino. Horas após a confirmação do acordo, o time londrino também publicou uma nota com a despedida de Abramovich.
"A propriedade deste clube vem com grande responsabilidade. Desde que cheguei ao Chelsea há quase vinte anos, testemunhei em primeira mão o que este clube pode alcançar. Meu objetivo foi garantir que o próximo proprietário tenha uma mentalidade que permita o sucesso da equipe masculina e feminina, bem como a vontade e o impulso de continuar desenvolvendo outros aspectos-chave do clube, como a Academia e o trabalho vital de Fundação Chelsea. Estou satisfeito que esta busca tenha chegado a uma conclusão bem-sucedida", disse o magnata russo.
O negócio aguardava as aprovações da Premier League, liga que organiza o Campeonato Inglês, e do governo britânico. O aval da liga foi concedido na terça-feira. A finalização do processo de compra vai permitir aos novos donos do clube, atual campeão mundial e da Liga dos Campeões da Europa, a iniciar os investimentos no time. A projeção inicial, de acordo com o jornal britânico <i>The Telegraph</i>, é de 200 milhões de euros, algo equivalente a R$ 1 bilhão.