O Chile iniciou nesta terça-feira, 22, com longas filas o primeiro dia de mudança nos planos de vacinação. Agora, homens com menos de 45 anos, que já tinham recebido a primeira dose da Oxford/AstraZeneca, receberão a segunda dose da Pfizer. A alteração ocorreu em razão de um caso de trombose e trombocitopenia em um jovem vacinado com o imunizante de Oxford. O objetivo é evitar novas notificações do problema nessa faixa etária.
O novo calendário foi divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 14. Na ocasião, a subsecretária de Saúde Pública, Paula Daza, explicou que o Departamento de Imunizações tinha determinado que "a vacina da AstraZeneca fosse utilizada apenas em homens com mais de 45 anos, tanto para a primeira, como para a segunda dose". Os menores de 45 anos completariam a imunização com a Pfizer.
Nesta primeira semana, receberão o imunizante os que se vacinaram entre 10 e 14 de maio ou antes. É o caso do brasileiro Gian Carlo Perez. Ele saiu de casa às 9h30 e aguardou 1h30 na fila até chegar a sua vez. Segundo ele, apesar da demora, estava tudo muito bem organizado. "Eu me dei um presente de aniversário", comemorou o gaúcho de Bagé (RS).
Em outro ponto de Santiago, Hector Oliveros, de 30 anos, também enfrentou uma longa fila. Ele ficou preocupado com a combinação de vacinas, mas se tranquilizou com o que leu na imprensa. Infectologistas estão confiantes de que a medida é correta e segue o exemplo de países europeus. Sobre as doses da AstraZeneca que já chegaram ao país, Jaime Labarca, chefe do Departamento de Doenças Infecciosas da Universidade Católica do Chile, diz que elas "serão aplicadas em outros grupos". As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>