O governo do Chile prometeu, nesta terça-feira, encontrar os responsáveis pela explosão de uma bomba num restaurante de fast-food, no interior de uma estação de metrô da capital, que um dia antes deixou 14 feridos.
A presidente Michelle Bachelet, que presidiu uma sessão emergencial do Conselho Nacional de Segurança, disse que o governo vai buscar endurecer as leis antiterroristas.
“Nossas mãos não vão estremecer. Não vamos permitir que um pequeno grupo de terroristas e covardes afetem a vida da maioria dos homens e mulheres que querem viver em paz”, disse Bachelet aos jornalistas nesta terça-feira.
“Aqueles que realizaram este ato acham que nos amedrontarão”, declarou a presidente. “Eu instrui o ministro do Interior a reforçar a segurança no sistema de metrô e em locais onde um grande número de pessoas se reúne”, disse Bachelet. “A coordenação entre polícia e organismos de inteligência será a chave para obter resultados concretos nas investigações.”
O governo disse que a explosão de segunda-feira foi um ataque terrorista sem, porém, indicar o responsável por detonar a bomba. Nenhum grupo havia assumido a autoria da ação.
Bombeiros afirmaram que os ferimentos da explosão foram aparentemente provocados por estilhaços de um extintor de incêndio cheio de pólvora, que foi detonado numa lixeira. O promotor que investiga o caso disse que o artefato explosivo era similar aos usados em outros ataques.
O governo enviou centenas de policiais para fazer a segurança das estações de metrô na capital. O ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, disse que eles permanecerão nas estações o tempo que for necessário. Durante coletiva de imprensa, ele disse que nos últimos oito ou nove anos aconteceram mais de 300 ataques com bombas pequenas no país.
Uma porta-voz do Ministério do Interior disse que o governo acredita que a bomba que explodiu no metrô na segunda-feira era semelhante a uma que foi colocada no ano passado numa delegacia de polícia. Promotores do governo examinam um vídeo que mostra um homem, usando um boné, colocando algo numa cesta de lixo da estação de metrô antes de a bomba explodir.
Guillermo Holzmann, cientista policial da Universidade de Valparaíso, disse que os responsáveis pela explosão da segunda-feira são provavelmente anarquistas ou membros de movimentos contrários ao sistema. “Eles são contra os partidos políticos e consideram que a estrutura do Estado do Chile deve ser radicalmente alterada e o fato de isso não acontecer legitima o uso de ações violentas”, declarou. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.