O Chile realiza neste domingo, 16, o segundo dia da eleição que designará um número semelhante de homens e mulheres para redigir uma nova Constituição. Com o documento, que substituirá a carta imposta pela ditadura militar de Augusto Pinochet, busca-se um novo pacto social no país sul-americano.
No sábado, no primeiro dia de votação, três dos 15 milhões de eleitores compareceram às urnas. Além da eleição para a Assembleia Constituinte, a população também escolhe neste fim de semana prefeitos, governadores e vereadores.
Das quatro eleições, destaca-se a que elegerá os 155 membros da convenção constitucional, entre 1.278 candidatos, dos quais mais de 60% são independentes que se candidataram em pactos com partidos tradicionais ou individualmente.
A eleição dos constituintes engloba vários eventos sem precedentes no Chile. Dos candidatos escolhidos, entre 45% e 55% deverão ser mulheres, 11% serão indígenas e 5%, pessoas com deficiência.
Em outubro do ano passado, 79% dos chilenos que participaram de um plebiscito decidiram ter uma nova Constituição redigida por convenção conjunta.
A medida foi a saída institucional encontrada pela classe política para conter protestos gigantescos que se seguiram a uma eclosão social em outubro de 2019.
Os chilenos devem aprovar ou rejeitar o projeto de nova Constituição em um plebiscito obrigatório no segundo semestre de 2022.