O governo chinês anunciou nesta quinta-feira um pacote de medidas para estimular as importações no país, numa tentativa de sair de um cenário em que há fraca demanda interna por produtos estrangeiros e um saldo excessivamente positivo na balança comercial, dois fatores que dificultam o crescimento econômico.
As ações do governo incluem crédito bancário e incentivos fiscais. Na primeira, as instituições financeiras seriam instadas a intensificar empréstimos para empresas que importam equipamentos de alta tecnologia e componentes. No segundo, as autoridades fiscais deverão estudar politicais fiscais voltadas para a importação de produtos usados em pesquisas científicas.
Além disso, o governo planeja acelerar um programa experimental na zona de livre comércio de Xangai, para aliviar restrições à importação de alguns tipos de automóveis. A China também pretende tornar mais rápido os esforços para chegar a acordos com outros países em termos de inspeção e quarentena de produtos agrícolas, em uma tentativa de facilitar as importações nesse segmento.
Em maio último, o governo apresentou medidas semelhantes para estimular as exportações. O crescimento das exportações tem sido expressivo graças à melhoria da procura externa, porém, as importações do país foram fracas durante boa parte do ano, devido à fraca procura interna.
O superávit comercial da China tem sido uma fonte de atrito com seus parceiros comerciais. Em setembro, o país registrou um superávit comercial US$ 31 bilhões depois de um superávit de quase US$ 50 bilhões em agosto. As importações subiram 7,0% ante o ano anterior, em setembro, após um declínio de 2,4% em agosto. As exportações aumentaram 15,3% em setembro deste ano ante igual mês de 2013, após um ganho de 9,4% em agosto, na mesma base de comparação. Fonte: Market News International.